Sábado, 21 de Novembro de 2009
Dead Can Dance

Toward the Within - "Rakim" 

 

 

Yulunga

 

 

 

 

Dead Can Dance Página Oficial

 

 

 DCD 1981 - 1998
Dead Can Dance
A Alma feita Música

Desde a sua criação em 1981 até ao final da década passada, os australianos de origem anglo-irlandesa "Dead Can Dance" mudaram o panorâma da música alternativa feita no velho continente. Colheram e reiventaram influências da folk, da pop, da música antiga e tradicional dos quatro cantos do mundo. Ao todo, oito discos intemporais.

 

Por João Maia

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Brendan Perry e Lisa Gerrard

O grupo Dead Can Dance consiste essencialmente num duo composto por Lisa Gerrard e Brendan Perry, dois australianos, ambos de origem anglo-irlandesa, que no início dos anos 80 se juntaram para dar origem a um dos agrupamentos musicais mais emblemáticos da música alternativa do final do século XX. E realmente é impossível catalogar a música produzida pelos Dead Can Dance, a não ser como alternativa, o que é sempre um pouco vago, tal não é a quantidade de influências que desfilaram ao longo de 17 anos de carreira, 8 discos de originais e inúmeras colaborações com outros artistas.

 

Elementos típicos da música pop, folk, música medieval, música de origem árabe, misturam-se constantemente com ritmos tribais, ou com música de câmara, de modo a criar ambientes únicos, plenos de espritualidade, plenos de alma. E é precisamente na busca da alma escondida em cada instrumento musical que se inspira o nome do grupo. Como diz Brendan Perry, "o significado por detrás do nome tem a ver com a procura da vida inerente aos instrumentos musicais, que por si só são objectos inanimados, mortos".

 

 

O Início

 

Brendan Perry e Lisa Gerrard conheceram-se em Melbourne, na Austrália, numa altura em que ambos lutavam pela sobrevivência musical dando concertos em clubes locais. Lisa chegou mesmo a confessar que a dificuldade era muito grande, especialmente porque o público nem sempre estava aberto ao tipo de experiência musical que os seus concertos proporcionavam.

 

Desde que se encontraram pela primeira vez, a empatia entre ambos foi quase imediata, como explica Lisa: "Eu reconheci que ele era brilhante no momento em que o vi tocar. Brendan é extremamente inteligente, lúcido e tem uma fantástica abilidade de comunicar através da música". E foi em parte devido à inteligência musical de Brendan Perry que os Dead Can Dance seguiram pelos caminhos que hoje, mesmo após a sua separação, os tornam num grupo de culto, que conquistou uma legião de fãs pelo mundo inteiro. Segundo Lisa, "Brendan explorava todo o tipo de coisas. Era um percussionista e um antropologista de muitas musicalidades e eu estava bastante receptiva às suas descobertas".

 

Mas se grande parte da estrutura e textura musical do grupo era providenciada pelas descobertas de Brendan Perry, Lisa Gerrard providenciava a alma, a espiritualidade. Apesar de tocar alguns intrumentos, entre os quais o Yang T'chin, um dulcimer chinês com idade ancestral, a característica que a tornou famosa foi a sua voz magnífica. Ou melhor, não só a voz mas essencialmente a forma como a utiliza. "A minha voz é o meu principal instrumento", explica a cantora, "provavelmente considerar-me ia uma cantora, mas não acredito que o seja. Não sei se há palavras para descrever o que faço - eu emito sons. Eu dou expressão a algo em que acredito e se calhar é por causa disso que outros podem também acreditar".

 

Lisa não canta com a voz, mas sim com a alma. As palavras que entoa, na maior parte dos casos, não são em nenhuma língua conhecida, mas sim a tradução em sons dos seus sentimentos. E é impossível não nos deixarmos levar, seduzir, mesmerizar por esses sentimentos, por vezes imponentes e majestosos, por vezes sombrios e melancólicos, por vezes de uma beleza extraodinariamente delicada que é impossível traduzir por palavras.

 

Londres e a 4AD

 

Lisa e Brendan trabalharam inicialmente num restaurante libanês em Melbourne para conseguirem dinheiro para se mudarem para Londres, uma vez que se sentiam algo frustrados com a cena musical de Melbourne.

 

Essa ligação com uma cultura árabe, a juntar ao facto de Lisa ter crescido num bairro de emigrantes gregos e turcos, foi mais um contributo para moldar influências que os músicos souberam incorporar no seu trabalho.

 

Depois de conseguir dinheiro, o duo mudou-se para Londres, onde esperava que a aceitação fosse melhor, porém no início a sorte continuou sem lhes sorrir.

 

A certa altura conheceram Ivo Watts-Russel, líder de uma pequena produtora independente (4AD), a quem Brendan entregou uma demo. Apesar de ter gostado do que ouviu essencialmente pela originalidade, a verdade é que Ivo também não tinha recursos para apostar no duo.

No entanto um ano depois chamou-os e a partir dessa altura Lisa e Brendan começaram a trabalhar para a 4AD, onde se tornaram o grupo de maior sucesso.

 

Álbuns

 

 

Entre 1983 e 1998 os Dead Can Dance editaram oito discos, um dos quais gravado ao vivo. Desde a sua formação até à sua extinção, este duo percorreu diversos estilos e influências musicais, editando trabalhos muito diferentes entre si.

 

Dead Can Dance
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Em 1983 lançaram o seu primeiro disco 'Dead Can Dance', que incluia uma colecção de temas que tinham composto nos quatro anos anteriores. Este álbum tinha como capa uma máscara ritual da Nova Guiné que quase acabou por se tornar num logotipo para a banda. E já neste disco se notava a componente filosófica que acabou por moldar o trabalho que a banda apresentou em anos porteriores.

 

Slpeen & Ideal
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No ano seguinte lançaram 'Spleen & Ideal', onde abandoram instrumentos como as guitarras a favor de outros como violoncelo e trombones. Segundo Brendan Perry, todo o disco se baseia numa ideia do século XIX na qual os elementos mais negros da natureza humana, como a inveja ou a intolerância, aparecem ligados com a noção de ideal, embora aparentemente estejam em contradição. Não é de estranhar, portanto, que as músicas abordassem temas como a verdade e a ilusão, ou a dúvida e a fé, e a procura incessante da perfeição, do
ideal.

 

Within the Realm of Dying Sun
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A partir daqui os Dead Can Dance comçaram finalmente a ter aceitação por parte do público e, depois de uma tour em 1986, lançaram o álbum 'Within the Realm of a Dying Sun' no ano seguinte. Este álbum, onde os músicos optaram por separar as responsabilidades ao nível da voz, cabendo a cada um cantar num conjunto de temas, é talvez um dos melhores que o duo produziu. Nele pontifica um dos mais adorados temas da banda, denominado 'Cantara'.

 

Serpent's Egg
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Continuando a beber da influência da música do médio oriente, o grupo lançou depois 'The Serpent's Egg', um disco no qual foram abandonados os elementos românticos para dar lugar a temas mais atmosféricos. Foi assim que a indústria cinematográfica acabou por se aperceber do potencial da banda, e no fim de 1988 o duo compôs a sua primeira banda sonora para o filme 'El Nino de La Luna' do espanhol Agustin Villarongas.

 

Aion
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Em 1990, foi lançado 'Aion', o quinto álbum da banda, cujas influências eram marcadamente renascentistas, embora não fosse um revisitar desse período, mas sim uma exploração da forma como a música pode transcender o próprio tempo. O álbum continha instrumentos antigos, renascidos para o som dos Dead Can Dance, tal como a sanfona, bem como alguns elementos barrocos e cantos gregorianos.

 

Into Labyrinth
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Seguidamente o duo escolheu um conjunto dos seus temas para figurarem numa colectânea, denominada 'A Passage in Time', e em Setembro de 1993 lançaram aquele que muitos consideram o melhor álbum dos Dead Can Dance, 'Into the Labyrinth'. Segundo Brendan Perry, "este é um álbum onde se nota um amor pela música primitiva do mundo, bem como por elementos naturais como por exemplo, a madeira, ou o canto de aves".

Toward the Within
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Em 1994 o grupo lançou o seu único álbum ao vivo 'Toward the Within' que, embora fosse uma gravação de um concerto, continha uma série de temas inéditos. Aliás, a este respeito, a opinião do produtor Ivo Watts-Russel é que "é uma pena que não tenham sido gravadas mais actuações ao vivo da banda. O seu trabalho não é representado em todo o seu potencial nos álbuns de estúdio, uma vez que muitas vezes o grupo escrevia canções propositadamente para os concertos".

 

Spiritchaser
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No ano seguinte o excesso de trabalho que o duo produzia levou-os a começarem cada um trabalhos a solo. Lisa lançou 'The Mirror Pool' ao passo que Brendan começou a compilar um conjunto de temas que anos depois haviam dar origem ao álbum 'The Eye of the Hunter'. Depois voltaram a juntar-se para produzir 'Spiritchaser' onde mais uma vez se desviaram das influências do seu último álbum para incorporarem novas influências, desta vez da América do Sul e da sua Austrália natal. Brendan diz que "neste álbum decidimos impor limites a nós próprios ao nível dos instrumentos. Começámos com uma báse puramente rítmica e desenvolvemos o resto a partir daí".

 

A Separação

 

'Spiritchaser' havia de ser o último trabalho dos Dead Can Dance juntos. O duo voltou a juntar-se na Irlanda e começou inclusive a preparar um próximo trabalho, porém algumas pequenas divergências entre Lisa e Brendan impediram a sua continuidade como banda.

 

Desde então tanto um como o outro elemento têm estado bastante activos, embora Brendan tenha mantido desde aí um certo 'low profile', lançando apenas o álbum 'Eye of the Hunter' e dando inúmeros workshops dos instrumentos que domina. Ao invés, Lisa tem estado muito mais exposta desde então, por virtude da sua participação em algumas bandas sonoras.

 

Primeiro contribuiu com dois temas para o filme 'Heat' de Michael Mann. Depois juntou-se com outro australiano, o percussionista Pieter Bourke (dos Soma) para lançar o álbum 'Duality' e escrever a banda sonora do filme 'The Insider' também de Michael Mann. Essa banda sonora acabou por ser nomeada para um globo de ouro, mas foi com a banda sonora de 'Gladiator', filme de Ridley Scott (que venceu o óscar de melhor filme em 2001), composta de parceria com Hans Zimmer que atingiu mais notoriedade.

 

As palavras de Zimmer definem na perfeição Lisa: "quando ela está por perto, é bom que tenhamos material de gravação pronto, porque nunca se sabe que maravilhas a sua voz nos vi oferecer. Ela desperta sentimentos muito profundos".

 

Não se pode dizer que após a separação os Dead Can Dance deixaram de existir. Lisa e Brendan, nos seus trabalhos a solo, continuam a explorar novos caminhos tal como o faziam quando estavam juntos. E a influência que deixaram na música alterantiva será algo que pedurará sempre, para bem de quem gosta de apreciar boa música e não se deixa levar por preconceitos.



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Terça-feira, 14 de Julho de 2009
Malvela: Grupo de Cantara

 

Malvela

 

Ás veces as aldeas perden a voz que lles é própria. Dende Sanguiñeda, Malvela é unha xanela aberta a través da que saen limpos e frescos eses cantos vellos e a forza natural destas mulleres empeñadas en non deixalos esmorecer, en encher de alegría ese anaquiño de Mos que sempre precisou das súas voces e da súa presenza. É este un grupo de mulleres de distintas xeracións preocupadas por rescatar os cantos vellos da súa comarca, perseverando na teima de non deixalos esmorecer e de arquivar todo o patrimonio musical e etnográfico da bisbarra de Mos.

 

Malvela sitio oficial

 

 

 

 

 

 



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Sexta-feira, 1 de Maio de 2009
O que faz falta - Zeca Afonso

 

 



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Quarta-feira, 18 de Fevereiro de 2009
Do que um homem é capaz - José Mário Branco

 

Do que um homem é capaz

As coisas que ele faz

P'ra chegar aonde quer

É capaz de dar a vida

P´ra levar de vencida

Uma razão de viver

 

A vida é como uma estrada

Que vai sendo traçada

Sem nunca arrepiar caminho

E quem pensa estar parado

Vai no sentido errado

A caminhar sozinho

 

 

 



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Terça-feira, 6 de Janeiro de 2009
Dvorak: 9ª Sifonia - IV Movimento

 

 



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Sábado, 3 de Janeiro de 2009
Pergolesi - Stabat Mater

 

 



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Sexta-feira, 2 de Janeiro de 2009
Ludwig Van Beethoven: 7ª Sinfonia - II Movimento

 

 



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Quinta-feira, 1 de Janeiro de 2009
Chico Buarque: Construção

Para todos trabalhadores que perderam a vida no local de trabalho. 

 

 

 



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Segunda-feira, 28 de Janeiro de 2008
Silvio Rodriguez

La Maza

 

Playa Giron
Ojala
Mariposas


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Quinta-feira, 24 de Janeiro de 2008
Fausto

 

 

 

 

 Por este rio acima


Por este rio acima
Deixando para trás
A côncava funda
Da casa do fumo
Cheguei perto do sonho
Flutuando nas águas
Dos rios dos céus
Escorre o gengibre e o mel
Sedas porcelanas
Pimenta e canela
Recebendo ofertas
De músicas suaves
Em nossas orelhas
leve como o ar
A terra a navegar
Meu bem como eu vou
Por este rio acima

Por este rio acima
Os barcos vão pintados
De muitas pinturas
Descrevem varandas
E os cabelos de Inês
Desenham memórias
Ao longo da água
Bosques enfeitiçados
Soutos laranjeiras
Campinas de trigo
Amores repartidos
Afagam as dores
Quando são sentidos
Monstros adormecidos
Na esfera do fogo
Como nasce a paz
Por este rio acima

Meu sonho
Quanto eu te quero
Eu nem sei
Eu nem sei
Fica um bocadinho mais
Que eu também
Que eu também
meu bem

Por este rio acima
isto que é de uns
Também é de outros
Não é mais nem menos
Nascidos foram todos
Do suor da fêmea
Do calor do macho
Aquilo que uns tratam
Não hão-de tratar
Outros de outra coisa
Pois o que vende o fresco
Não vende o salgado
Nem também o seco
Na terra em harmonia
Perfeita e suave
das margens do rio
Por este rio acima

Meu sonho
Quanto eu te quero
Eu nem sei
Eu nem sei
Fica um bocadinho mais
Que eu também
Que eu também
meu bem

Por este rio acima
Deixando para trás
A côncava funda
Da casa do fumo
Cheguei perto do sonho
Flutuando nas águas
Dos rios dos céus
Escorre o gengibre e o mel
Sedas porcelanas
Pimenta e canela
Recebendo ofertas
De músicas suaves
Em nossas orelhas
leve como o ar
A terra a navegar
Meu bem como eu vou
Por este rio acima

Fausto, in "Por este rio acima"

 

 

 

 

-----------------------------------------------------------------------
Texto inspirador



"Continuando nosso caminho por este rio acima, tudo quanto a vista alcançava era embarcações com toldos de seda e muitos estandartes, guiões e bandeiras e varandas pintadas de diversas pinturas. Ali se trocam e oferecem todas as sortes de caças e carnes quantas se criam na terra, que nós andávamos como pasmados como requeria tão espantosa e quase incrível maravilha. Noutras embarcações vêm grande soma de amas
para crianças enjeitadas e outras, pelo tempo que cada um quiser, mulheres velhas que servem de parteiras dando mézinhas para botarem crianças, e fazerem parir ou não parir. Noutros barcos há homens honrados que servem de correctores de casamentos e consolam mulheres enlutadas por morte de maridos e filhoes e outras coisas desta maneira.
Em barcaças de muitas cores, com invenções de muitos perfumes e cheiros muito suaves vêm homens e mulheres tangendo em vários instrumentos para darem música a quem os quiser ouvir. Na terra do labirinto das trinta e duas leis, nesta terra toda lavrada de rios, a China, há uma tamanha observância da justiça e um governo tão igual e tão excelente, que
todas as outras, por mais grandiosas que sejam, ficam escuras e sem lustro."




Fernão Mendes Pinto, in "Peregrinação"

 




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